quinta-feira, 25 de julho de 2013

BC Musical - Boas lembranças


São tantas músicas, tantos momentos...

Muita nostalgia!!!!

Mas sempre tem aquela época em que a gente queria voltar no tempo... que a gente sabe que se voltasse seria tudo diferente... enfim...


Há uns 5 anos atrás, eu trabalhava na Capital, tinha um salário bacana, cheia de planos... me sentia realizada com o que fazia.


Amava o meu trabalho, apesar de ser muito puxado. Tive que abrir mão do sonho de me dedicar somente ao meu filho e família pra trabalhar, Neto ficava com mamãe enquanto eu trabalhava. Não perdi o crescimento dele pois voltava pra casa todo dia, mas perdi muitos momentos com ele. isso pesou muito na minha vida.

Acabei abrindo mão do trabalho... larguei muita coisa... abri mão de muitos sonhos e planos nessa época.

Mas não são lembranças ruins não, são lembranças boas.
Porque fiz amigos que tenho até hoje, ganhei uma bagagem de vida sem igual, que é essencial na minha vida hoje, o mais importante: aprendi. Aprendi muito sobre muita coisa. Sobre a vida, sobre relacionamento, sobre responsabilidade e sobre amizade acima de tudo.

Eu ouvia muito Queen e The Smiths  nessa época, essa era uma das que mais ouvia


Tudo a ver neah!
Assim que me sentia num conflito eterno entre o que queria e o que estava fazendo da minha vida... estava sob pressão.
Queria fazer faculdade (pensava em Filosofia ou Teologia nessa época, cheguei a prestar vestibular pra Administração e passei), realizar muitos sonhos que tinha (viajar, conhecer lugares, pessoas...), cuidar melhor da minha família, minha casa, enfim... abri mão de tudo pois me sentia pressionada pela distância de casa (O trajeto pra voltar pra casa era muito difícil, demorado, por vezes virava a noite na rua por não ter como voltar), saudade do meu filho... Eu sempre fui aquela menina que queria casar, ter filhos, ser amélia... e isso pesou muito nesse momento.



Foi uma época boa, em que eu poderia ter alcançado o que quisesse, poderia ter feito muito. Guardo boas lembranças. Pude dar ao meu filho bons momentos, boas coisas, boas lembranças.

É uma nostalgia boa, quero que volte, quero me sentir assim novamente. Com ânimo pra trabalhar bastante, realizar meus sonhos e os do meu filho. Hoje só dependo da minha saúde estabilizar pra começar a correr atrás dos meus sonhos e realiza-los.


Sabe aquela sensação de que você pode fazer o que quiser, pode abraçar o mundo com as suas mãos?
Eu tive isso por um tempo... hoje luto pra poder ter isso novamente e não abro mão da minha independência por mais ninguém.



Época feliz, cheia de boas lembranças, lembranças de muito trabalho, muita luta, mas também muita satisfação pelo resultado que eu tinha com meu esforço.




terça-feira, 16 de julho de 2013

Eu

Eu não to feliz.
Me sinto sozinha. 
Ta mais difícil que nunca. Mas não vou ficar lamentando ou chorando. É nesses momentos que eu vejo quem se importa. Amigas, virtuais ou reais, legal. Me dão folego pra andar mais um pouco. Amores... São ilusão. Ando cansada, decepcionada, exausta mesmo. Cansei de quases, meios, talvez... Não sei quanto tempo ainda tenho, posso viver 10 meses ou 10 anos... Só o que sei é que to sendo forte demais por tempo demais. Não quero palavras de consolo. Só queria desabafar. Não tenho síndrome de Nicole pra me iludir pelo tempo que me resta. Não aceito mais metades, nem meios termos. Prefiro a realidade do que ilusão.

Não sou de estabelecer metas, até porque sou péssima cumpridora.
Mas to entrando em depressão, sentindo muitas dores (sei que o psicológico afeta muito nas dores) e preciso fazer algo.

*Não vou usar a cadeira de rodas a toa. Vou usar mais as muletas. Dane-se se vai doer joelho, pernas, costas... to fazendo fisioterapia e tenho morfina pra suportar isso.
*Vou controlar minha alimentação (não que esteja comendo besteiras, mas não to comendo os matinhos que preciso)
*Vou cuidar do meu sono, nem que pra isso tenha que apelar pras caixas de calmante que tão aqui entulhadas desde que sai do hospital.

Chega, não posso sozinha, se tiver que me entupir de remédios e sacrificar o resto de figado que me resta eu faço.

To cansada demais pra bancar a durona.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Crise dos 30

Mão enfaixada por causa de uma tendinite

Amanhã (05/07) é meu aniversário.
Faço trinta aninhos.
Meu coração e minha mente estão uma bagunça.
Mais do que nunca inundada de sentimentos. Principalmente de culpa.
Culpa por tudo que deixei pra trás, culpa por ter me deixado pra trás. Culpa por sentir demais.
Culpa por muita coisa que sinto e quero.
Sei que não devo me sentir assim, mas sim, sinto culpa por dividir a minha dor, culpa por não poupar quem amo do que estou passando, culpa pelo que posso ainda viver.

Percebi uma mudança enorme em mim no último ano, especialmente nesse ano de 2013.
Meu caráter continua o mesmo, sempre. Sou a mesma pessoa transparente, bondosa e espirituosa que sempre fui. Não sei mentir, nem sei parecer ser diferente do que sou.
Mas minha personalidade mudou muito. To mais fria, mais seca, exigente. Muito mais analítica e crítica. Sei que muitos podem achar isso ruim, mas eu não acho, não vejo essa mudança em mim de forma negativa.

Engraçado como pequenas coisas mudam a gente.

Não vi as mudanças acontecendo em mim por causa da internação, ou por causa da cadeira de rodas ou do câncer... lembro de alguns momentos ou frases que me parecem o estopim disso... pequenas coisas do dia a dia que conseguiram ter um efeito maior do que todo o resto. Isso me faz pensar: como pequenas  coisas podem significar tanto. Enquanto grandes coisas podem ser tão insignificantes.

Pedi ao Papai do céu 3 presentes de aniversário:
- Estar andando - Estou andando de muletas, fazendo fisioterapia e em breve estarei andando por ai sem nada.
- A vitória sobre o câncer - Segundo meu médico na última consulta os níveis de células cancerosas no meu sangue estão diminuindo.
- Ter pessoas especiais comigo - Estou cercada de pessoas maravilhosas.

No sábado também é aniversário do blog, 4 anos.

Sei que tá bem abandonado, não tenho feito minhas artes, tento participar de algumas BCs, mas é difícil... sei que vocês entendem.

Bom, é isso!

To ficando velha, cada dia mais chata, exigente.

A vida muda, a gente muda né!

Parabéns para mim!