Aqui tudo começou
Ainda pouco me atualizei em relação ao que acontecia por ai (é que nem sempre vejo tv, então fico mais perdida que cego em tiroteio) e qual não foi a minha supresa ao ver que a Igreja em que mamãe a papai me batizaram está prestes a cair. Veja aqui mais detalhes.
A história, segundo minha mãe, é essa:
Papai queria me batizar numa outra Igreja, acho que de Santa Edwiges de quem era devoto, mas por não serem casados na Igreja eles foram encaminahdos para Igreja de Santo Antonio dos Pobres, no centro do Rio, próximo de onde moravam, acho que na Buenos Aires (papai e mamãe moraram durante uns bons anos na oficina de papai: uma sala insalubre no meio da muvuca da Saara, só se mudaram pra uma casa decente, em Benfica, por ocasião do meu nascimento, senão teriam ficado naquela oficina ), lá papai escolheu um de seus empregados e a esposa para serem meus padrinhos (que não faço a menor questão de rever... foram péssimos como pessoas, como padrinhos, como tudo) e uma prima dele pra ser a madrinha de consagração (essa sim foi minha madrinha por toda a vida, até sua morte, muito do meu bom gosto, senso de justiça e generosidade devo a ela). Antes que alguém estranhe, era costume da época discriminar casais católicos devotos daqueles que levavam uma vida não tão católica assim em certas ocasiões... coisas da época. Hoje a escolha da Igreja é feita pela proximidade da residência da criança, fora isso somente com autorização da Igreja mais próxima á casa da criança (fizemos isso com Neto, pois eu quiz batiza-lo no dia 13 de maio na Igreja de Nossa Senhora de Fátima e a nossa é a de São João Batista, nem um pouco Mariano né...)
Eu fui batizada no dia 16 de outubro de 1983, aniversário de papai, dia de Santa Edwiges.
Bem, o tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus (hein??)
Quando Jr e eu resolvemos casar na Igreja, há uns 4 anos (sim decidimos há 4 anos e só conseguimos ao passado, eh vida), tive que ir até lá pra buscar um papel que autorizava o casório. Me encantei com a Igrejinha, sou apaixonada pela arquitetura dessas antigas Igrejas, na verdade adoraria trabalhar com restauração desses lindos prédios, me encantei com cada detalhe. Na época ainda tava bastante abandonada, precisando de reformas.
Bom, o fato é que há mais ou menos 1 ano e meio não pisava lá, fiquei muito triste com a notícia. O Pe. Sérgio Marcos disse que a igreja está com muitas rachaduras, inclusive no piso.
Resolvi então procurar um pouco mais da história daquele lugar tão tranquilo, sereno, em que me tornei cristã.
A Igreja é hoje responsável por várias obras sociais, tais como a distribuição de alimentos aos pobres, alfabetização, assistência juridica, tudo gratuito.
Abaixo um breve texto sobre a Igreja:
Implantada no centro da cidade, a Irmandade de Santo António dos Pobres e Nossa Senhora dos Prazeres foi fundada há 201 anos, pouco antes da vinda da família real para o Brasil.
ajuda a famílias pobres da cidade é o lado mais visível da instituição, que sempre às terças-feiras dá entre 400 e 500 pães aos pobres e moradores de rua. Além disso, na última terça-feira de cada mês, a Irmandade distribui 200 cestas básicas com 13 quilos de alimentos a famílias carenciadas do Rio de Janeiro. Uma acção iniciada há 200 anos, pouco depois da fundação da instituição.Para angariar fundos, o provedor da Irmandade de Santo António dos Pobres organiza também festas tipicamente lusas, a contar com a solidariedade dos portugueses. E a comunidade luso-brasileira do Rio ainda se faz presente quando é chamada a apoiar.
Neste momento, está empenhado numa campanha de restauração do interior da igreja de Santo António dos Pobres, um templo ligado desde o início à figura de D. João VI. José Germinal Monteiro explica que o monarca português tinha por hábito assistir a missa aos domingos no Convento de Santo António. Nesses dias, D. João deslocava-se à Rua dos Inválidos, onde estava já implantada a Irmandade de Santo António que dava assistência aos mais desfavorecidos, “para estar perto do povo”. “A igreja chamou-se então Santo António dos Pobres”, completou.
Além do restauro do interior do templo, o provedor não desiste de um outro projecto e há já três anos que procura ajuda para o concretizar: a recuperação do órgão alemão com 648 tubos. Adquirido há 60 anos com a colaboração de portugueses ligados à Irmandade, está parado há 17 anos, por falta de verba para o seu restauro. É “uma relíquia” que José Monteiro gostaria de voltar a ouvir e de usar como instrumento de apoio na socialização das crianças de rua. Orçada em 140 mil reais (cerca de 60 mil euros) a restauração do órgão tem sido adida por falta de financiamento. “Se fosse construído hoje, custaria cerca de 800 mil reais e podemos fazer essa reforma por 140 mil”, destaca. Uma verba que a Irmandade ainda não conseguiu reunir.“Estou atrás de um patrocínio para restaurar esse órgão, que é uma relíquia e muito raro”, refere José Monteiro, que revela ainda ter aceite um segundo mandato como provedor porque fez a promessa de deixar a direcção apenas quando o órgão estiver a funcionar. “Gostaria de fazer, uma ou duas vezes por mês, num sábado ou domingo à tarde, concertos para a juventude”, acrescenta o provedor que acalenta o sonho de atrair “os jovens que vivem nas ruas” para dentro da igreja, “através da música sacro-barroca”.
Fonte Mundo Português
Vale a pena ler Brasil Channel , lá tem um resumo com a história de vários monumenmtos da cidade, dividido por tipo de construção, é muito bacana.
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